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A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), admitiu no sábado, dia 16, que defendeu pessoalmente a aprovação do projeto da Usimar, investigado pelo Ministério Público por suspeita de desvio de R$ 44 milhões de verbas da extinta Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Roseana alegou, no entanto, que agiu como qualquer governador ao defender a implantação de uma nova empresa em seu Estado e transferiu para o presidente Fernando Henrique Cardoso a responsabilidade pela liberação dos recursos que acabaram sendo desviados.
A governadora acrescentou que a nomeação do superintendente da Sudam é responsabilidade do presidente da República e negou que tivesse sido alertada pelo representante da Receita Federal no conselho da Sudam sobre irregularidades no projeto da Usimar.
Ao sair para uma caminhada no centro histórico de São Luís, Roseana disse que está "na mão" do PFL a decisão sobre sua candidatura à Presidência da República.
– Minha vontade é ser – afirmou.
Ela considerou "natural" sua queda nas pesquisas de intenção de voto para presidente, diante do "bombardeio" que tem recebido:
– Avalio que era natural, porque eu não tive ainda a chance de me defender.
Até hoje o processo ainda é sigiloso. Não sei do que estou sendo acusada. Mais uma vez, porém, Roseana recusou-se a falar sobre o R$ 1,34 milhão apreendido num cofre da Lunus, empresa da qual é sócia majoritária, ao lado do marido Jorge Murad. A governadora afirmou que vai deixar o cargo no dia 5 de abril, prazo de desincompatilização para concorrer nas eleições de outubro. Mas deixou em aberto a possibilidade de disputar outra vaga que não a de presidente.
– Só posso dizer que sairei no dia 5. Se meu partido quiser a Presidência, estou à disposição – disse.
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